quarta-feira, 6 de junho de 2012

Proibição de games violentos

Tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 7319/10, liderado por Sueli Vidigal (PDT-ES), que proíbe a locação e venda de jogos de videogame a menores de 18 anos contendo cenas de violência.
Segundo Vidigal, o Brasil deve seguir o exemplo de alguns estados norte-americanos, que já impõem restrições à venda de videogames que contenham cenas de violência.



Segundo a proposta, o estabelecimento comercial que descumprir a Lei perderá o alvará de funcionamento. Paralelamente a esta, a matéria tramita em conjunto com o Projeto de Lei 5712/05, que proíbe a comercialização e a locação de jogos eletrônicos que contenham cenas de violência contra policiais.


Jogos como Carmageddon, Postal e o primeiro Grand Theft Auto foram banidos do país em algumas de suas versões, para depois de muito tempo virem a ser permitidos sem qualquer alarde, apenas porque a festa da imprensa diminuiu.
Em janeiro de 2008, foi proibida a comercialização de Counter-Strike e Everquest no Brasil, medida suspensa em junho de 2011. Outro jogo que sofreu o mesmo problema foi Bully, da Rockstar Games.

Em contrapartida, há os que defendem, alegando que os games violentos podem intensificar a agressividade e hostilidade de alguns jogadores, mas também podem beneficiar outros ao aperfeiçoar suas capacidades visuais e espaciais e melhorar sua capacidade de contato social, segundo cientistas.
Em uma edição especial da "Review of General Psychology", publicada pela American Psychological Association, pesquisadores afirmam que os jogos também podem ajudar a controlar o diabetes e a dor, e funcionam como complemento para a psicoterapia.



Tela do game Call of Duty: Modern Warfare 2; games violentos são inofensivos para maioria das crianças, diz estudo
Tela do game Call of Duty: Modern Warfare 2

"Games violentos são como manteiga de amendoim", disse Christopher J. Ferguson, da Texas A&M International University. "Inofensivos para a vasta maioria das crianças mas prejudiciais para uma pequena minoria com problemas de personalidade ou saúde mental preexistentes."
Ele acrescentou que os estudos haviam revelado que jogos violentos não haviam criado uma geração de jovens violentos.
"Pesquisas recentes demonstraram que com o avanço na popularidade dos videogames, as crianças dos Estados Unidos e Europa mostram menos problemas de comportamento, são menos violentas e se saem melhor nos testes escolares padronizados", disse Ferguson, editor convidado da publicação.
Patrick Markey, da Villanova University, na Pensilvânia, constatou em um estudo com 118 adolescentes que certos traços de personalidade podem servir para prever que crianças sofrerão influência negativa dos videogames.
Se alguém se irrita, deprime ou zanga facilmente, ou é indiferente aos sentimentos alheios, viola as regras e não cumpre promessas, a probabilidade de que seja hostil depois de jogar videogames violentos é maior.
"As pessoas negativamente afetadas são aquelas com disposição preexistentes que as tornam suscetíveis a mídias violentas como essa."
Mas em nota mais positiva, Pamela Kato, do University Medical Center de Utrecht, Holanda, demonstrou em sua pesquisa que jogos especialmente planejados podem ajudar a prevenir ataques de asma e facilitar o combate à dor e o tratamento do diabetes.
T. Atilla Ceranoglu, do Massachusetts General Hospital, em Boston, descobriu em uma revisão de trabalhos de pesquisa que os videogames também podem ser usados na avaliação psicológica de crianças e adolescentes.

E então pessoal, acreditam que os games violentos podem influenciar crianças a agirem de forma agressiva? Deem suas opiniões! :)

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